10 julho 2004
cumplicidades em aromas do sentir
Converso-me contigo, que me olhas, que me esperas, em sossego, sem exigências, sem angústias. Olhas-me calmo, pousado na mesa, quase esquecido, arrefecido de fumos pardos em movimentos que se pensam, que se escrevem, se desenham. Companheiro, quase amigo, de confissões, de histórias e de lágrimas. Pego-te, após ano de indiferença, e acendo-te, em ritual de paixão, de aroma, de cumplicidade. Esfumas-te, e sinto-me em companhia de mim, mão-cachimbo que se inventa em história-poemas. Esqueço-me, ausento-me em músicas em tons de jaz, e sinto-me nuvem, em brasa lenta que me pensa…
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