Abriu-se porta na alma,
no corpo
e derramei-me entre a calçada,
branca,
negra,
calma.
Carcaça espantada,
ressequida de nada.
Hoje não me ando,
não caminho,
no fio,
não olho,
vazio.
Sou noite escura,
maré viva, sem praia.
Sou sal,
cor,
rio,
mar,
sangue,
cera,
estanque,
grito de dor.
Arame,
garrote de morte,
sem fé,
sem norte.
Fechem a porta,
abram as janelas.
Quero luz,
forte,
vento e velas
e ir,
em sorte…
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não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...
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Hoje não escrevo. Doem-me as palavras. As minhas, também... choro sózinho, sem elas, no vazio. além..
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Queria escrever-te, mas as palavras fogem-me, como se me dissessem, “ Agora não! Espera que venham outras de nós, com outros sentires, Esper...
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Vou fazer uma pausa. Cousa necessária em alturas de Presépio. É época de caminho. É por aí que vou, sem demoras que é viagem por dentro… Um ...
5 comentários:
Ir... para se ler num só fôlego.
Abraço
Queres....e o querer será suficiente para te levar Longe onde quer que queiras ir. Tu podes, serás o teu herói...segue teu rumo, o teu Querer...Bjs, BS
Gostei desse poema que parece escrito só de um fôlego, como um grito de alma. Essa vontade de ir, partir, surge por vezes mas para a concretizarmos, necessitamos de um rumo. Ir "em sorte", por vezes não chega. Bjs
LetrasAoAcaso
Diria que se abriram as comportas dos sentidos.
A beleza vem da linguagem primeva sem dúvida.
No príncipio era apenas poesia...
Belo.
Abraços
Voltei ao "Letras"...
belo poema sobre a imensidade da alma, foi essa pelo menos a minha visão. :)
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