Os azuis têm esta tendência de se colarem ás (minhas) palavras, numa espécie de tentativa de fuga ao Outono, contrariando, em desafio, o meu (Outono), que tem castanhos de se perderem no olhar.
Derramam-se nas palavras, como se fossem um tinteiro endiabrado...(Até o meu “diabo” se veste de azuis. Devo estar com uma doença qualquer no olhar, ou no sonho que me invade de azuis…)
Tinha um quadro só de azuis com um barco na parede-muro-creme que me enfeita o quarto.
Abri a janela e voou (o barco, não o quadro, que ficou, a rir-se, em gozo de palhaço, em sussurros cínicos).
Fiquei a olhá-lo( o barco, não o quadro, repito, ainda incrédulo) em angústia, triste, desiludido.
Tínhamos prometido que nenhum de nós partiria sem o outro.
Certamente os azuis estavam estragados, porque os meus azuis só voam comigo todo lá dentro…
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5 comentários:
andamos mesmo com as cores a voar das gavetas, dos quadros, pelas janelas...em mim hoje, agora, porque tempo, amigo, tempo é quando já foi...em mim os negros, estão retidos... e fogem-me de gatas pelo sobrado vermelhos, amarelos e cinzas...os verdes e os azuis devem estar escondidos que nem esvoaçando de ver eu os consigo! fica um foco de branco que encandeia e me esperança de saber que elas se podem dali soltar...um dia...hoje...agora ( num tempo)
(se isto ainda precisa de um abraço...vá lá...)
De vez em quando também tenho uns azuis fora de prazo que se desbotam em cinza... Acontece. beijos
As minhas cores são mais as outonais, a riqueza dos fauve, dos castanho-ouro, dos ferrugem, dos fugidios dourados. O azul, mesmo no olhar,´`as vezes gela-nos o sangue...
Beijinho Almaro.
Os meus azuis devem ter ido com os teus para qualquer lugar...porque...para espanto meu...hoje não estavam à minha espera para me ver acordar.
Deve ser uma nova época de migração dos azuis...voltarão depois de acasalar.Lá para a Primavera! Bjs
Eu tenho um azul que me olha e me faz feliz. Betty :)
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