Se conseguisse, pintava um quadro com todas as cores que um reflexo de água pode imaginar.
Enceno o quadro. A luz, as formas e a dança com que me foge o pincel com as cores…
Não sei se é da música ou do bailado, mas há algo de errado entre aqueles dois que não param a dança, sem se darem conta que a melodia deixou de os acompanhar. As cores ficaram como que esmagadas entre os olhos, o sonho e a imagem.
Difusas.
Desfocadas.
Se eu quisesse muito, inventava as minhas próprias cores, e transbordava-me em sons que se infiltravam em todo o meu corpo e transformava-me em Quadro!
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