É engraçado o instinto de me metamorfosear em ausência quando me passeio na Cidade Grande. Mimetiso-me, não sei se em multidão se em espaço ou em ambos.
Ando-me, sem nome, sem passado, ente as cores que sonorizam o formigueiro do existir.
Deixo-me ir sem sentido, só olhar.
Vou, translúcido de mim, como uma gaivota no Rio.
Nem o Rio é Mar, nem a gaivota é pomba, nem eu me transporto lúcido.
Sou sempre assim quando me fundo na Cidade Grande, cheia de mar, de rio, de gaivotas e pombas, coberta de luz.
Quando me regresso, venho cheio de olhares…
23 setembro 2004
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...
-
Hoje não escrevo. Doem-me as palavras. As minhas, também... choro sózinho, sem elas, no vazio. além..
-
Queria escrever-te, mas as palavras fogem-me, como se me dissessem, “ Agora não! Espera que venham outras de nós, com outros sentires, Esper...
-
Vou fazer uma pausa. Cousa necessária em alturas de Presépio. É época de caminho. É por aí que vou, sem demoras que é viagem por dentro… Um ...
2 comentários:
Genial!
sabes.é que a cidade grande te lembra os dias de liberdade absoluta do ontem, e oferece-te umas horas de liberdade no hoje...por isso te sentes como uma gaivota no rio!...é o regresso a casa!
nani
Enviar um comentário