Os acasos colocaram-me perante a decomposição da consciência, obrigando-me a RE-VER o conceito de realidade sob o prisma da loucura, e aceitá-la de forma paciente e reflectiva.
Convivo com a demência, causada pelo desgaste da Vida, que se arrasta no dia, parada num Tempo “Alzaimeriano”, onde a percepção da "visão" toma outros contornos.
Entrar e perceber a vivência de um idoso é abrir uma porta para uma dimensão desconhecida que nos obriga a vasculhar a sensibilidade no nosso mais profundo conceito de humanidade.
O ritmo das ilusões, intercalam-se no “surreal”, ao ponto de nos envolver num quadro sem cor, onde tudo é possível, e o inexistente toma forma, volume e vida.
Conviver e aceitar esta relação com o desmoronar dos sentidos é um desafio ao Amor, onde o sentimento deixa de ter dimensão.
26 novembro 2003
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