O dia acordou-me brusco, antipático ao som de zumbidos de mosca, persistente, teimoso. Finjo silêncio, mas ele insiste em ferir-me, em espicaçar-me o corpo cansado que ainda dorme. Olho-o, mas ele não pára(que zumbido, não se faz sem voo).
Decido-me esquecê-lo, em ignorância de o ver. Recuso-me preenchê-lo. Mas não me deixa, não me larga, zumbe, insulta, estremece, magoa. Olho-o em desafio incontido, como quem provoca o touro em arena colorida de pó e sons de corneta. Dou um passo, outro, e mais um em corrida curta e medrosa e aí vou…
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não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...
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Hoje não escrevo. Doem-me as palavras. As minhas, também... choro sózinho, sem elas, no vazio. além..
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Queria escrever-te, mas as palavras fogem-me, como se me dissessem, “ Agora não! Espera que venham outras de nós, com outros sentires, Esper...
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Vou fazer uma pausa. Cousa necessária em alturas de Presépio. É época de caminho. É por aí que vou, sem demoras que é viagem por dentro… Um ...
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