Cruzei-me com mulher que se passeava, ausente a sorrir sozinha. Fixei a imagem porque bela e como intruso, furtivo, tentei redesenhar aquele sorriso, que era só dela, e eu tomei como meu.
Inventei-lhe uma história que coubesse no quadro. Sorria recordação, de filho ausente, em cidade séria, de estudos, a educar-se na esperança de um futuro, sorria filho de tempos outros a puxar-lhe a saia em busca de colo, em busca de afecto, de beijos e de sorrisos, sorria saudades, sorria de amores a esconder-se de sombras e de carinhos que esvoaçavam longe, em tempos em que lhe orientava os passos, de mãos dadas, sorria, sozinha com o coração cheio de filho...
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não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...
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Hoje não escrevo. Doem-me as palavras. As minhas, também... choro sózinho, sem elas, no vazio. além..
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Queria escrever-te, mas as palavras fogem-me, como se me dissessem, “ Agora não! Espera que venham outras de nós, com outros sentires, Esper...
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Vou fazer uma pausa. Cousa necessária em alturas de Presépio. É época de caminho. É por aí que vou, sem demoras que é viagem por dentro… Um ...
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