30 dezembro 2005

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa estranha para mim sem significado nem festejo. o caminho é o mesmo, com o tempo de cada qual e cada um tem o seu. o meu é o destempo que me comanda os passos, por isso me vivo no sonho. ele é a minha vida, não mais que outra. a outra, a que me vive nos passos e não nas asas pesa-me em lágrimas ou sorrisos e tem a cor dos outros… que este dia de passagem seja isso mesmo, mais um passo da vossa vida, colorida com a vossa cor e de todos os outros…

4 comentários:

Fátima Santos disse...

que este dia de passagem seja isso mesmo, mais um passo da tua vida, colorida com as tuas cores e as tuas gaivotas e os teus lápis saltando pela janela e pintando céus...e fitas de cores ondulando e tu ondulando como acorde de um canto ...
beijinhos

Nariade disse...

vive-te em cada passo dos teus tempos e que o parto desses passos seja sempre o sonho, que ilumina e dá cor, qualquer cor, porque todas as cores pertencem a quem as quer.
desejo-te uma vida boa, a que escolheres, alimentada pelo sonho.
beijo grande a.

Farinho disse...

É só mais um ano que passou e outro que recomeça.

Beijocas

almaro disse...

pousaste, num instante em que o tempo parou, estas aguarelas apenas navegam no acaso e desbotam com o tempo. quem lhes dava cor, abandonou-as e mudou-se para nuveares. quem as escreve é saltimbanco manco, vagabundo de contrários que vive empurrado pelos acasos.

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...