02 dezembro 2003

quando as árvores se transformam em vitrais que dançam com o vento.

Percorri riachos, bordados a musgo e a cogumelos tristes, escondido do Tempo.
Passeei-me em busca de tonalidades, como quem percorre a estrada do Destino, atento aos sons, aos odores e aos verdes repintados de amarelo-vermelho.
Sentei-me a contemplar as árvores transformadas em velas de altar sem tecto que me sorriam e me impediam os passos.
Só quando a luz estremeceu em sombra, e apagou os vitrais que dançavam com o vento, retomei o Tempo, que aguardava por mim junto ao asfalto.

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não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...