Dei comigo a desenhar uma rosa.
Não lhe consegui imaginar vaso nem cor.
No desenho cresceu um rosto que envolveu a flor e desfez-se em perfume.
A imagem do desenho não era minha. Em mim apenas ficou a emoção de me espantar com a viagem que aquela rosa percorreu até se transformar em desenho.
Olhei o rosto entre a sombra e o traço que o escondia…
Agarrei no pincel e envolvi-o em sons de guitarra que chora e se espanta com os ritmos da Vida e dei lhe cor de aguarela.
Na verdade nem o desenho nem as palavras são meus.
Meu é só o calor que ficou entre a cor e os sons de uma melodia que ecoou sem convite.
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