19 agosto 2003

Para ti que estás triste

Estou perdido no meio da Tua e da minha tristeza.
Perdido nos fantasmas que te ensurdecem a alma e a solidão.
Procuro o gesto que te angustia o sentimento de olhares o vazio e não te encontrares se não no refugio das palavras que escondem o contorno da Alma.
Gostava de te pintar as cores do reflexo, em tons de alegria, mas só consigo ouvir o vento. Talvez amanhã, sim talvez amanhã consiga pintar-te uma gaivota colorida em tons de arco-íris e poder dizer-te que para reencontrares o sorriso, basta olhar o poema da Vida que corre ao nosso lado e que insistimos em não ver, por só conseguirmos sentir a dor que o coração vai tecendo, em teia que nos cega o olhar.
Mas hoje não.
Hoje sinto-me tambem eu preso nos caminhos que não consigo olhar se não com o coração.

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não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...