Caiu um denso nevoeiro cinzento negro que accionou um caminhar vigilante sobrevivente. Segui as guias de um caminho apenas com o querer de chegar ao fim daquele universo sem cor. Faltou-me as forças para imaginar luz. Segui apenas os passos, certo que olhando o chão, não me perdia no sentido. Caminhei ausente com medo de mim, medo de me enganar na escuridão. Cobarde de mim, cobarde de me ferir com a intensidade das cores que me envolvem o eu.
Hoje fez sol, o nevoeiro fugiu (escondeu-se, à espera de nova oportunidade), e eu aqui estou a sorrir-me das cores que os olhos me inventam.
03 janeiro 2004
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