Não queria deixar apagar a vida, como quem extingue um cigarro, absorto no nada, sem visão de mim. Incompleto. Mas,
vezes há, que nos extinguimos na solidão de uma bruma espessa…
Só oiço o mar, que me chama,
sem chama,
na ilusão do estar aqui…
Desenho um círculo com um tamanho,
só,
sem dimensão…
Estou , numa ausência irritante de me querer num Eu que já não sou…
e
finjo,
finjo-me,
cores como quem dissimula vida nesta noite-quase-escura, que me tolda a visão,
e
finjo
finjo-me,
passos,
caminhos,
empurrado pelo querer de ser onda,
de ser pássaro
e
vivo-Me no delírio de SER!
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2 comentários:
Sentes
não sentes
as tuas cores
espalham-se e
nunca deixarão
o teu
NÃO sentir....
"...Mas,
vezes há, que nos extinguimos na solidão de uma bruma espessa…
Só oiço o mar, que me chama,..."
... sentimentos contraditóris do nosso íntimo, são como o mar...as ondas nunca são iguais...
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