08 novembro 2005

noite de bruma

escrevo a noite,
com a intensidade suave,
de um beijo,
voado no vento…

beijo-ilha,
navegante…

escrevo
a
noite, ( neste barco sem quilha... )
em desenho-lua,
minguante,
reflexo de onda,
do teu mar
cintilante…

barco de silhueta-nua,
poema sem letra,
nem musica,
nesta noite-escura,
intrigante…

beijo-sopro
que voa à vela,
na névoa,
na bruma,
neste barco-feiticeiro,
nesta Falua,
que bolina num Tejo,
fantasma
que já não vejo
neste teu beijo
que desceu à rua ...

1 comentário:

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

E esse beijo anda perdido algures....

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...