Joguei às escondidas numa estrada plantada de candeeiros saltitantes, envoltos num nevoeiro azul. Ao fundo projectavam-se imagens de uma humanidade sem rumo, sedentas de sangue, onde se sentia o silêncio angustiante da ausência de convicções.
Entrei numa história sem argumento, onde até o pincel se recusou a misturar as emoções. Perdi-me entre os candeeiros que corriam loucos a fugir da luz.
Chove água sem som, lágrimas incolores de um fado sem acordes, de uma guitarra sem cordas, sem vida e sem alma.
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