15 novembro 2005

sem espaço

no espaço-minúsculo em que me habito,
dança um verso,
sem poema,
habitáculo-do-sonho…
castelos-no-ar…
grito-de-borboleta-em-olhos-de-menino…
flor-em-desenho-insano…
gira-sol-do-mar…
voo-de-homem-pássaro-sem-destino,
coisas outras,
tantas
que sinto…
fosse eu mais minúsculo ainda
e não me cabia…

mas não importa
porque importaria?

se a flor não cabe na terra…
se o sonho não cabe em mim…

ah…ser ínfimo assim
e
quase ser universo,
é ser gota de sal
num mar sem fim…

3 comentários:

lena disse...

e que importa se ler-te é bailar nos teus versos, num mar sem fim...

beijinhos


lena

red hair disse...

Ai homem sei lá comentar coisas destas assim...Olha, vamos dançar? Gosto desta música! ;)

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Sem espaço
Neste poema
que não cabe
dentro de mim
que sai
e se agita
e toma os contornos
do espaço
sem espaço
onde por vezes
esvoaço!!!!

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...