Corro-me no espaço que esvoaça em desafio, moldo escultura que faço e desfaço sem tempo,
no espaço.
Neste rumo-viagem, sem ventos, sem velas, sem barco, entrelaço o Ver nas cores frias de aço,
que trespassa,
em angustias dos passos que me correm, que me voam, em luzes que se desfazem na sombra que me evolve em abraço.
Grito-me longe dessas cores que se fingem, que se tingem e voo sereno, mergulhado na miragem que se pinta rubra, viva e que me sente os passos, que correm livres no espaço...
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não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...
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