24 fevereiro 2004

mergulho, escondido no horizonte

Peguei em folha de papel branco (está a tornar-se uma obsessão, o branco e o espelho. Resta-me encolher os ombros e resignar-me com o facto, outras obsessões virão, para me alegrar a criatividade.), dizia eu (estás a ficar chato, não há duvida), peguei em folha branca sem reflexos, sem introspecção e desenhei o horizonte, como quem limita o olhar. Por cima do horizonte esculpi uma gaivota em tons de aguarela suja de mar.
Afastei-me do papel, olhei a gaivota e esbati-me na linha que tracei, como quem mergulha na liberdade de pintar um quadro só com a imaginação.

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não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...