17 outubro 2005

outonos

Arvorei-me sob um Castanheiro, sem procura de cor, nem sombra.
Sentei-me apenas para O sentir e deixar que o tempo se extinguisse num nada e se transformasse em quietude.
Silenciámos segredos na cumplicidade da nossa fantasia, embalados nas folhas que se coloriam de Outonos…
O dia desbarulhou-se , só para não nos incomodar e ali ficamos a fingir-nos vivos em transparências de vento, até ao regresso do tempo…

6 comentários:

Fátima Santos disse...

mágicas palavras que reinventas no correr da força que elas te segredam e nos dás
beijinho, Zé

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Brincando
com as palavras
o
Outouno
virou primavera

nobody disse...

Fantástico (como de costume)!!!

red hair disse...

Pintas de tal forma as tuas palavras que ganham sentidos que não conhecia...se visses as vezes que fico aqui a olhar para elas a tentar senti-las. Depois saem disparates a maior parte das vezes mas a verdade é que não te sei comentar.
Os teus "textos" não se comentam, sentem-se!

(amanhã posso pedir-te ajuda para as outras cores?)

Poesia Portuguesa disse...

O Outono... essa estação mágica de castanhos e avermelhados... gosto!
Um abraço ;)

surpreendida disse...

Queria-me folha, assim adormecida num leito de esperança,
Aconchegada em tons de Outono,
Sentindo cúmplices fantasias,
Em quietude, sob amena brisa...

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...