14 julho 2005

era uma vez...( desculpem, hoje só falo com crianças)

Colei,
estrela-do-mar,
entre as nuvens e o azul da noite,
e outra,
do céu,
entre as águas e o horizonte salgado de ondas e ventos e mares.
Cada uma com cor sua.
(Quem não gostou foi a lua,
que ficou sem pedaço de luz com que se passeia,
nua,
pela rua. )
Mas o céu ficou salpicado de estrela princesa
que queria ver o mar lá do alto,
onde se escondem os desejos...
E o mar,
iluminado de estrela príncipe, quase rei, de uma luz suave de Natal.
Foi nestas andanças, de lua e de estrelas
que encontrei maravilhado,
pequeno animal,
que já não sabia quem era neste espaço universal...
se cavalo,
(coitado),
marinho,
apaixonado , pela estrela que tinha desejos maiores que amar coisa de rabo enrolado,
se menino enfeitiçado por estrela que se fez ao mar.
Fosse o que fosse,
o pequeno animal,
estava encantado,
por se sentir assim,
pasmo,
baralhado,
por esta confusão de ser joguete,
peão,
de poeta desastrado
que pinta,
com o que tem à mão,
distraído,
estrelas em qualquer lado,
no céu,
no mar
ou no coração...

1 comentário:

eli disse...

ou no coração

Gostei tanto, mas tanto mesmo que tive de o escrever ;-)

Abraço. T.

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...