02 setembro 2005

no vermelho-sangue de terra que grita

A terra estremeceu,
soluçou gritos feiticeiros e emulou-se em desesperanças...

Asfixiou-se em respirares de fumos negros...

Lá,
onde o horizonte se azula,
o mar paralisou-se em tristezas e os navegares fantasmas deixaram de gerar ondas…

No fim,
o fogo suspendeu-se em queixumes de lágrimas secas e pairou impune nas nuvens sem sentidos,
nem ventos,
nem sombras,
nem destinos...

2 comentários:

Vênus disse...

É uma pena que o mesmo fogo que aquece e ilumina tbm destrua o que é belo...

"o fogo suspendeu-se em queixumes de lágrimas secas e pairou impune nas nuvens sem sentidos"

Beijo e bom final de semana!

saltapocinhas disse...

Olá! Obrigada pelos teus votos de parabéns...Tinha-te perdido o rasto desde a participação no "old devil", lembraste?
Espero agora não te "perder" outra vez!

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...