Sinto
o
passo que passo,
piso-o,
risco-o,
descalço,
como quem escreve,
febril,
e
bebe água que ferve...
Marco-o,
passo a passo,
como quem cinzela na pedra,
corpo de mulher,
ou
flor de Abril…
Sangro-o,
de passo em passo,
como rio que nasce,
e
morre nuvem,
longe do mar...
Sinto-o
no tempo que tomba,
como quem amassa o pão
como quem vai,
e
não para,
nem que caia
no chão…
Sinto, passo a passo os passos que passo no chão…
18 outubro 2005
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2 comentários:
Querido Almaro
Gota
ou minuto!
guardar
nas mãos
para que não caiam
olhar procurando nuvens
onde o sol
teima em se esconder
entre a visão da água
Inventário das estações
não cedas!
Sequer o espaço do pensamento
inquietação
na
paisagem
amplia o seu corpo
onde se eleva
o segredo da escrita
No interior do sonho
uma montanha
teima em atravessar o rio
entre o denso nevoeiro
um fio de cor
guia-a até à margem
Estremecer
até a penumbra das formas
registando
muito para além
do entendimento
caminha
seguro
o que encontras no chão
uma moldura
apenas
estilhaços de vidro
mas...
o olhar
que a contempla
inteiro!
Um beijo grande
Passo a passo
subi
desci
entrei
Saí
passo a passo
fui
e
me
perdi
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