A guitarra colou-se ao corpo...
Percorre-me os dedos,
e
navega-me na pele
solta,
inquieta,
atrevida,
como um pássaro,
que se esconde na cor de uma flor…
Toca,
fado-negro,
em cinzentos azulados,
sentimentos,
rimados,
amados,
sem saudade,
sem lágrimas,
sem choro…
Sou bandeira sem mastro,
nem maestro,
ao vento…
Só a guitarra me ouve
e
fala,
em cada folha-que-me-liberta,
deste ulmeiro sem história…
Sou pássaro?
Sou corvo?
Que importa!
Voo-ausente, nesta melodia,
que bebe o sangue,
do homem-novo,
que renasce,
dia a dia…
Ah!
Fosse eu,
o que o olhar-me-sente,
e
a guitarra que se solta,
e se
desamarra,
quente,
nos dedos,
não era pássaro!
Nem colibri!
Nem rosa!
Nem gaivota!
Nem Arlequim!
Nem lembrança!
Era melodia sem fim,
a cantar por esse mundo fora,
desenhada num sorriso de criança,
que ri,
ao som da guitarra que chora…
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3 comentários:
Querido Almaro
Melodia de embalo
cabelos ao vento
trinar de guitarras
que se perdem
num
doce
gemer
das
cordas
dum violino
mãos
que
procuram
que
se tocam
numa pintura
a àgua
dum amanhecer
o
rosto dos alamos
refletido
no teu olhar
Um beijo
"...desenhada num sorriso de criança,
que ri,
ao som da guitarra que chora…"
Vou adormecer ao "som" desta poesia...
Boa noite :)
O meu sorriso é a melodia que a guitarra transmite mesmo sem se sentir...
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