14 setembro 2005

memórias desenhadas sem tinta

Sonhei,
memórias
e
perdi-me,
no tempo,
na incerteza difusa,
de me ser,
inteiro
na
aguarela que pintei,
confusa,
antes do sonho…

há um homem dolorido,
escondido,
nas páginas do meu livro,
que se veste,
colorido,
aprisionado no destino
e
não voo…

Sonhei,
histórias,
letra
a
letra,
como chuva
desenhada num tempo
que não passou…
agrilhoado
sem esperanças,
em cada passo
que se assustou…

Sonhei,
lembranças,
que o tempo inventou…

3 comentários:

Menina Marota disse...

"...Sonhei,
lembranças,
que o tempo inventou…"

...mas não apagou... há lembranças que jamais se esquecem, porque um dia, nos fizeram felizes.

Lindo o teu Poema...

Um abraço de boa noite ;)

Sara Mota disse...

Querido Almaro :)*

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Nao preciso de cores...espalho-as coma polpa dos meus dedos e elas se desfazem....

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...