16 setembro 2005

pinturas

Hoje,
desenhei o céu,
de uma cor só,
em aguarela viva,
dançarina-sem-tempo,
esquiva,
quase flor…
Não oiço o eco,
Não oiço nada…
Tenho a alma,
inteira,
esbatida na cor..
Só o girassol me foge,
em amarelos,
doces,
de-papoila-triste…
Não oiço o tambor,
não oiço nada,
Só a guitarra canta,
o poema que sentiste,
as letras que não escreveste…
Desenhei o céu,
de uma cor,
só...

Hoje…
Não oiço o vento,
Não oiço nada…
Tenho na minha mão,
entrançado,
o coração,
em laços,
em nó,
que chora baixinho,
por ver o céu,
de uma cor só…

2 comentários:

Dra. Laura Alho disse...

Quem me der pintar o céu como tu... :) *

Estrela do mar disse...

...que bonito poema Almaro...como eu gostava de ter este jeito que cada vez mais encontro na blogosfera...este jeito de fazer poesia...

Beijinhos e tem um bfs.

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...