07 outubro 2005

as mãos

Tenho duas mãos que se abrem e fecham, como flor, mas só uma vida inteira as ensina a ser cor…
Fecho as mãos como quem fecha os olhos, mas o universo escorrega entre os dedos que rezam…
Só o olhar sabe guardar o Universo, vendo-O…

In “ Apontamentos para um manual da serenidade” ou como para sentirmos devemos sobretudo, estar de fora

2 comentários:

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Minhas mãos cheias de nada, vazias de tudo...minhas mãos...guardam o calor de outras mãos, para me aquecerem quando precisar de outras mãos

Fragmentos Betty Martins disse...

Mãos
que se abrem e fecham
como flor...

chuva no poema
noite que flutua na rua
numa estranha geometria
pontuação que se fecha
sobre o tempo
colhes
o frio
com as mãos
e
as virgulas
dos poemas
desenhas o
rosto dos segundos
mistério...
na figuração do espaço...

Um beijo grande

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...