03 outubro 2005

sede

Bebi um verso,
Sôfrego de cor,
No calor-do-não-estar-aqui…
Bebi-o!
Todo,
para respirar
e
perder-me no olhar,
sem dor,
por ali…

5 comentários:

Fragmentos Betty Martins disse...

Sentir
o corpo
nas margens
todas as manhãs
completos os oboés da infância
portões
inadvertidamente abertos
trazendo uma música suave
campos alísios de terra exposta
qual
peito sem escudo
respiração profunda
lenta...
uma gota de suor
que cai das têmporas
do tempo
sede...
de sabor a sal
que rega a tua memória
na filigrana
de um sorriso

Um beijo

red hair disse...

Caramba, homem, também não era preciso tanto!

[pronto, lá vem esta estragar os comentários aqui do sítio! Mas alguém tem de animar isto, não?]

Menina Marota disse...

"Pedem tanto a quem ama: pedem
o amor. Ainda pedem
a solidão e a loucura.
Dizem: dá-nos a tua canção que sai da sombra fria.
E eles querem dizer: tu darás a tua existência
ardida, a pura mortalidade."

(Herberto Helder)

Um abraço e grata pela tua partilha ;)

Fátima Santos disse...

como se comenta (n)um poema? sentindo o que o poeta não sentiu e só a gente sente do verso que ele pariu/gerou
e mais ainda, nada dizer de palavra senão que seja outro diverso poema antes sentido pela gente tão profundamente que ao escrever ele seja tudo tão diferente que parece mais e sempre um poema de silêncio
um abraço

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Verti um verso ali...e a saudade senti...

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...