07 março 2004

inventor (in)sofrido

Queria inventar palavras que se transformassem em vento e cantassem o fado,
mas os pássaros que voam brancos,
não me trazem senão o olhar de um mar gigante em forma de negro,
criar sons de borboleta mensageira de flores que se beijam às escondidas,
mas a guitarra só chora e não canta,
mas sinto-me preso,
inquieto e pedra ferida,
sem voz nem poema,
a desenhar lágrima colorida…

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não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...