Queria inventar palavras que se transformassem em vento e cantassem o fado,
mas os pássaros que voam brancos,
não me trazem senão o olhar de um mar gigante em forma de negro,
criar sons de borboleta mensageira de flores que se beijam às escondidas,
mas a guitarra só chora e não canta,
mas sinto-me preso,
inquieto e pedra ferida,
sem voz nem poema,
a desenhar lágrima colorida…
07 março 2004
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