22 julho 2004

fumos com história para contar

Sigo, em presença, nuvem de fumo à procura de enredo para um conto, de encontros, sem personagens, porque me fogem sempre que lhes toco, mesmo que imaginadas e criadas para o momento da escrita. Quero pôr palavras no ar em formas várias, de fumo-prata, à procura de um sentir. Sinto. Intimidade, entre os dedos que me escrevem e o aroma, café-chocolate, que envolve o desenho e que me espreitou a sorrir pedaços de vida que me roubou. Converso-me, antes da escrita como quem procura o verde nas árvores de Outono, em Inverno tardio. Só me sei. Desinteresso-me das palavras. Conheço-as. Queria outras, que me acordassem, que me brilhassem e navegassem-brisa, em poema.
Sinto-me chuva-semente-de-rio, antes de escorregar ravina, à procura de caminhos que  a levem ao sal.
Queria sentir palavras que voassem em melodias murmurosas, assobiadas de SABER…


1 comentário:

Anónimo disse...

Mais que um querer, éuma necessidade, preciso

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...