30 junho 2005

de papel...no azul

Vagueio o vazio,
O mesmo.
O sempre que me navega,
vagabundo,
o que me habita no destempo do Eu que me cega…
Marco sem bússola as pegadas
que gravo,
grave,
no Mar…

É esse o desenho do meu vazio…

Os passos no azul…

Os pássaros?
De papel?
Presos?
No fio?

Não,
Não há pássaros azuis-de-mar e eu sou pássaro-onda,
branco-espuma,
nuvem,
que vagueio no vazio,
nos passos,
sem compasso,
perdido no tempo...

No pêndulo?
No templo?

Gravo as pegadas,
uma
a
uma em voo alado,
sem destino.

Não procuro,
ando,
vazio,
num círculo,
longe de mim...

De TI?

Sou onda-eco,
que desenha passos,
no jardim…

Sem comentários:

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...