Vagueio o vazio,
O mesmo.
O sempre que me navega,
vagabundo,
o que me habita no destempo do Eu que me cega…
Marco sem bússola as pegadas
que gravo,
grave,
no Mar…
É esse o desenho do meu vazio…
Os passos no azul…
Os pássaros?
De papel?
Presos?
No fio?
Não,
Não há pássaros azuis-de-mar e eu sou pássaro-onda,
branco-espuma,
nuvem,
que vagueio no vazio,
nos passos,
sem compasso,
perdido no tempo...
No pêndulo?
No templo?
Gravo as pegadas,
uma
a
uma em voo alado,
sem destino.
Não procuro,
ando,
vazio,
num círculo,
longe de mim...
De TI?
Sou onda-eco,
que desenha passos,
no jardim…
30 junho 2005
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