Abri um buraco,
com pá,
picareta e suor.
Fundo.
Vertical.
A perder de Tempo.
Negro.
Sem cor, nem dimensão (medível).
com pá,
picareta e suor.
Fundo.
Vertical.
A perder de Tempo.
Negro.
Sem cor, nem dimensão (medível).
(muito fundo…)
Ao lado ergui até ás nuvens,
uma escada,
de corda.
Alta
Vertical,
de prumo,
mas de cor,
Trigueira (bonita, esta escada, a imitar fragmentos de Sol).
Sem dimensão.
Alta, até arranhar ( sim, claro, o céu)
ENORME!
(até ás nuvens…)
Depois,
depois subi.
Lá,
olhei para baixo.
Para o Buraco.
Visto do alto, um buraco é um buraco, plano, sem fundo...
( com a espessura de folha de papel...de arroz)
É como a Vida,
tanto faz a distancia que temos de Tempo.
Só o instante conta e se sente.
O fim perde-se da vista…
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