03 junho 2005

( re) encontros com a noite

A noite veio buscar-me!
Descolou-me suave do Eu e levou-me…
Tinha cousas para me mostrar, cousas outras, esquecidas, antigas de um menino a chorar que desencontrou os amores, quando incauto, tinha revelado aos grandes, segredos sagrados.
Diziam, soprados ,tais tesouros (mal guardados) alquimicos, que amava... ( sabemos nós que falamos da quimica da alma) , Não menina, mas flor-fada, exótica e rara que só tinha cor, no escuro das noites e que lhe contava, em assobios-de-azuis, aventuras de um menino-indio que sonhava, sozinho... Não cousas de soldados e heróis mas de bichos pequeninos que desenhavam o que sentiam, até cousas de amores…
A noite veio buscar-me e eu fiquei a ouvir o que os azuis me diziam, cousas outras que não vou contar, pois são para ouvir, só por quem entende o vento a falar…

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não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...