05 novembro 2004

Floresta(s)

Entrei numa floresta de sonhos.
Floresta de cristal (não que um sonho, ou muitos juntos sejam transparentes, pintam-se de muitas cores).
Sonhos de outros, meus também.
Só todos eram COR, por isso me perdi neles (ou na COR, não sei…), transformado em folha solta que paira de árvore em árvore sem tocar o chão. De reflexos.
Rubros, uns, violeta-água, outros.
Frescos, de cristal…
Tenho que aprender a andar nesta floresta (de sonhos, não é demais sublinhar), sem pisar nenhum dos passos, não vá a COR fugir e quebrar-se em lágrima

4 comentários:

musalia disse...

todos os dias acordamos no sonho, todos os dias temos de reaprender a caminhar. A floresta em que te sentiste preso, se te sentiste, ajudar-te-à a permanecer no sonho. A lágrima não cairá, Almaro...
Um beijinho.

lique disse...

Na floresta de sonhos de cristal, tu estás à vontade. Não vais de certeza fazer a cor fugir. A láfrima não vai cair. Beijos, sonhador.

nobody disse...

"Tenho que aprender a andar nesta floresta (de sonhos, não é demais sublinhar), sem pisar nenhum dos passos, não vá a COR fugir e quebrar-se em lágrima…" Deslumbrante!

Fátima Santos disse...

passo por aqui uma duas muitas vezes mais do que leio oiço assim quase como a ver se respira se está aconchegado o meu menino assim numa passada de pés de bico e vou e volto e fico dependurada de cada uma dos sentidos dos ecos ressoares que roubados de ti já só meus são (sei lá se fui eu já que os escrevi...) as palavras são as palavras e os sons e as cores ele haverá mais nada se há só o sentir que de lá parte e lá nos(me) leva

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...