29 setembro 2004

hoje foram as palavras que se escreveram…

Não gosto de cores puras.
Ferem-me a harmonia. A minha, que a dos outros não sei, “cada um tem a sua e cada uma é bela para cada um” (as palavras que deixem de brincar comigo e de se escreverem sozinhas, por favor. Não me tem respeito algum! Quando quero desenhar um pensamento tomam-me o pulso e saltam-me do olhar sem me pedir licença. Não é justo).
Quando uma (cor) me risca o olhar, imagino-lhe matizes, misturas, transparências, transições, chego a fantasiar-lhes movimentos e sons, leves, híbridos, difusos.
As cores, as musicas, os movimentos, as formas (os plurais são evitáveis, é verdade, mas eu tenho tantos de cada um, no olhar…) dizem-me sentimento.
Provocam-me sentires vários.
Autênticos.
(gostava de sublinhar, “Puros”, mas depois ia repetir em demasia o conceito e a ideia que quero transmitir, para obrigar o leitor a reler e a repensar o escrito, por isso não o digo. Penso-o, só, Puros!).
Os sentimentos são pessoas.
Uma e todas, individualmente.
Cada uma é um universo de sentimentos…
Gosto de pessoas de olhares puros!
Sou incoerentemente esquisito! ( a culpa é das palavras que me desassossegam e correm à minha frente, parecem crianças no recreio, cheias de coloridos pintados de risos)

5 comentários:

inconformada disse...

As tuas palavras também brincam contigo ? :-)
As minhas às vezes também parecem ter vida própria...
Beijo

lique disse...

Entre as cores e as palavras, a tua escrita vai-te escorrendo dos dedos como uma pintura de matizes diveros. É cerdade que, por vezes, as palavras não parecem ter sido escritas por nós. Eatranhamente, escreveram-se sozinhas. Beijos

Fátima Santos disse...

ai como as palavras correm ...atrás...à frente...e brincam se brincam! Gostei do teu contário MUITO. Vai ver o que escrevi agorinha mesmo...se não estiveres entretido com as palavras...Beijinho

Fátima Santos disse...

BOM DIA!!! sorry! dupliquei..mas mais ainda escrevi mal comentário (rss) e..ainda publiquei o teu comentário no meu post...Mais uma vez bom dia!:)

musalia disse...

A obra autonomiza-se e nós nada mais somos que escravos da ideia. Delineada em palavras, que já não nos pertencem, nós é que as seguimos.
Beijinhos.

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...