11 maio 2005

terras de memórias

Caí em abismo, nos sons de África, a cavalo numa trovoada que me “tempestou” a noite em sonho escondido do Eu.

Batuque
longo
no fundo da noite,
feiticeira monge,
num
tuque
tuque
que foge
se tinge,
em sangue de sangue
ao longe,

Espreitei a magia que me abraça em cores-de-terra-memória, com o desejo de me esfumar lento-longe nos seu horizonte.
Finjo-me vento,
sinto-me terra.
Vermelha-de-dor a evaporar-se em Vidas.

Formigas.

Caí em abismo,
desamparado,
estilhaçado em relâmpago perdido na noite que não foi dia,
foi “cousa” rasgada, ferida…

5 comentários:

folhasdemim disse...

Olá Almaro! Vim actualizar a leitura. Tão bonito o que escreves. Do sonho ao amor com ramos de papoilas e bocadinhos de mar :) Beijinhos, Betty

Anónimo disse...

Mesmo quando não te comento (sinto alguma dificuldade...) sabes que te leio, não sabes? Bj da Fernanda

Anónimo disse...

Consegui!!!Ufa!!Obrigada à Betty!!Olá Almaro!Nao li tudo ainda!!Mas que lindo....Direi, parece um rendilhado de palavras dispersas e no entanto intricadas umas nas outras, que nos faz querer ler, e reler.Lindo.PArabéns.
Piedade Araújo Sol

musalia disse...

memórias, pedaços de memórias. e são uma vertigem a que nos entregamos. coloridas com os sentires teus, tão especiais.

beijinhos, Almaro.

Fragmentos Betty Martins disse...

Tuas palavras, são como aguarelas... pintam meus olhos de todas as cores

meu sentir de azul derramado... salta um arco-iris, num céu

de tanta beleza... pasmado!

Um beijo

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...