O dia acordou-me brusco, antipático ao som de zumbidos de mosca, persistente, teimoso. Finjo silêncio, mas ele insiste em ferir-me, em espicaçar-me o corpo cansado que ainda dorme. Olho-o, mas ele não pára(que zumbido, não se faz sem voo).
Decido-me esquecê-lo, em ignorância de o ver. Recuso-me preenchê-lo. Mas não me deixa, não me larga, zumbe, insulta, estremece, magoa. Olho-o em desafio incontido, como quem provoca o touro em arena colorida de pó e sons de corneta. Dou um passo, outro, e mais um em corrida curta e medrosa e aí vou…
22 abril 2004
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...
-
A forma menos passiva de estar na vida é a da entrega. Digo isto com toda a convicção que me vai na alma, porque a entrega, não é mais do qu...
-
Vou fazer uma pausa. Cousa necessária em alturas de Presépio. É época de caminho. É por aí que vou, sem demoras que é viagem por dentro… Um ...
-
escureceu uma brancura-de-nevoeiro, onde nem os passos se sentem. hesitantes. medrosos…( ou como é sempre necessário luz outra, quando nos p...
Sem comentários:
Enviar um comentário