09 dezembro 2004

metade(s) do UM

Porque metade de mim, és tu que não estás e não estando, não há meia solidão, há uma coisa enorme que dói por inteiro no coração.
A outra metade, que só tua,são passos-pincel, que pintam cores e vida.
A metade que me resta, ah a minha, só se for poesia...


6 comentários:

musalia disse...

metades que se completam...não juntas, mas sabendo que se pertencem...nunca estão sós...

beijinho, Almaro.

lique disse...

Tens toda a razão,almaro, não há meia solidão. Há mesmo só essa coisa enorme que dói por inteiro. E nem a poesia consola essa dor. Beijos

blimunda disse...

águaforte. por dentro do poema.

BlueShell disse...

O melhor texto-poema de sempre, Zé!
Mas cores e vida ...são um todo se lhe juntares poesia. E assim a vida passa a ser poesia colorida.
Do tamanho da Galáxia....para ti.BS

Fátima Santos disse...

como é de calcular tenho andado aqui... e não escrevi porque fico num dilema... é que face à solidão fico sempre sem palavras pois, mais que com a dor ou a tristeza, entendo que é tamanho o sentir que ela envolve que quem a sente mesmo nem sabe dela dizer que a sente...me entendes?! por isso deixei este teu espaço em silêncio...
muito bebi das tuas palavras que entendeste o outro meu dilema do conhecer e gostar de que falava...teres ficado ainda "embrulhado" :) olha, Almaro, a gente na vida se não tem disso nem sabe apreciar os presentes que a vida tem a cada canto para dar! Um abraço!

Sara Mota disse...

Muito bonito, Almaro :)
Porque a vida pode ser um arco-íris,
porque a nossa metade é aquela que escolhemos...
e porque as palavras são eternas...

:)*

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...