12 dezembro 2004

sede

Passeio-me só, numa ausência voluntariamente vagabunda ao longo do caminho a colher cores. Cada uma é um significado que guardo para redescobrir. Não o desenho, caminho-o.
Nestes dias, em que me converso e me oiço, fico sem me saber, porque aquilo que me encontro, é uma espécie de água que se bebe sôfrego sem saber de onde ela vem…

3 comentários:

musalia disse...

essa é a que mata realmente a sede, a que não sabemos de onde vem...

beijinho, Almaro.

BlueShell disse...

Mas são dias assim que acabam por nos definir perante nós mesmos. São dias de descoberta apesar de , à primeira vista, não o entendermos assim. E esse caminho, que segues, sem o desenhar...é o deixar solto o coração...sem o prender , ou pressionar. A água que bebes, que importa de onde ela vem? É dela que brota a vida...que mais importa saber? Deambualando...és livre. Vive! ...
...da Galáxia, BS

Fátima Santos disse...

Ai Almaro eu leio e sinto que...beber a água assim e caminhar sem desenhar caminho e deixar cores para as redoscobrir...é preciso já ter ido ao fundo...lá muito ao fundo e ao muito ao cimo e ter voado e sentido o nada nada nada mais que nada...ai Almaro que eu que sei...mas...caminhar caminho e bebo água e entorno o copo e ainda não...ainda não cheguei ao fundo...caminho num caminho feito...e apanho as cores e guardo numa caixa...:)

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...