Entre o difuso de se Ser e o de querer Ser mais do que se pensa, do que se cria, ou inventa,
hoje,
envolvi-me numa melancolia distraída, à procura de uma breve suavidade de deixar passar o tempo… como uma nuvem branca, quase transparente de azul que escorrega no céu.
Sento-me,
numa pedra arredondada do existir e dou comigo a conversar, num diálogo matizado de intimidade. Não sei quem me ouve, mas O que me rodeia abraça-me num entendimento quente de fusão como,
se,
simplesmente ali estivesse, sem outra única razão do que a de estar ali, naquele instante, naquele espaço, senhor da minha própria ausência, como a pedra, como a nuvem, num movimento sem tempo, mas presente, parte de um todo, numa comunhão de paisagem,
pedaço de vento,
pedaço de cor,
pedaço de mim…
10 fevereiro 2005
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