17 fevereiro 2005

hibernações

Escondo-me no abrigo de uma árvore,
qualquer,
enquanto a alma hiberna,
sozinha.
No ensombro, escrevo memórias espaças de um voo de mocho enamorado pela lua,
menina.
Caiu a noite, não há histórias nem sonhos...
Há uma transparência cristalina que aguarda o instante, de voltar a ter cor,
sem cinzentos-neblina.
Dorme, a alma,
talvez cansada,
talvez dorida,
dorme,
sossegada,
abraçada na arvore da vida…

Sem comentários:

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...