06 fevereiro 2005

continuidades surrealistas, mas mal humoradas

Acordei mal-humorado. Para ser preciso, acordei no lado negro do humor.
Dei comigo a sussurrar ao ouvido de Vicente *, “ …andei a passear com os teus verdes, em boémias nocturnas ao som de guitarras…”
Mandou-me aos Girassóis!

a partir dos próximos dois pontos , deve ler-se o texto em sussuro, num quase nada de som:

(que raio, lá estou eu a exprimir-me, (pretende-se uma ligação ao expressionismo, subtilezas sem humor, que só fazem sorrir quem escreve) a desenhar, o irreal, com girassóis e cores surrealistas!
que significado terá para um analista da mente ou do sentir, um girassol?, ou será o amarelo? ou será que o sinto e vejo, porque é bonito e imponente? ou será uma simples fixação, em dias cinzentos e frios e que serve apenas para aquecer o sentir a quem os imagina, coloridos a fingir-se quadro, ou poema?
não! não estou sob efeito de nada , é apenas a minha própria loucura de me entreter com as cores que me perseguem na companhia do dia…
também imaginei o dali só com metade do bigode, cortado em acto puramente naturalista e higiénico, mas é melhor ficar mesmo por aqui, que prezo a minha sanidade, mesmo em dia cinzento…)

*Vicente, não é gato nem coisa outra, é mesmo o Mestre Van Gogh, que impressionou, com o seu expressionismo, e cortou orelha, em acto puramente surrealista…

Sem comentários:

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...