07 maio 2005

(des) encontros ou uma viagem à essência das coisas

Encontrei um menino, que não via desde que dei um pulo no país do desenho, onde se pensa e sente sem ordem de prioridades. Este, sempre foi especial e anacrónico, talvez por ter existência de índio e cabelos azuis-noite-prateados-de-lua ( e que me conste nunca andei por terras de índio). Passeava-se com olhares de quem procura um lugar esquecido. Tinha nome de olhar, Olhos-de-colibri, porque se perdia nas cores das flores e falava com elas, sempre apaixonado por cada uma. Deu-me um olá indiferente e seguiu na procura. Desapareceu na aguarela, esbatido nos azuis de um céu que nasceu já pintado. Não o via há muito tempo, porque há muito que não tinha um instante destes, de viver noutro espaço, ausente do corpo e da existência que nos contornam o VER, como uma aguarela que é cor e agua e tem a serenidade da sabedoria de ser poesia sem palavra, nem desenho…

5 comentários:

Anónimo disse...

não consigo escrever nada.. limpa tudo....

Anónimo disse...

olhos de colibri....e eu a ver-te,re(ver-te)aos saltinhos,face a face, contemplando aquele pequeno colibri,de outras terras e lugares,de outros tempos,(tempos de crescer...)e a dizeres:passarinho ,passarinho!!!
dois palmos de gente e já cheio de cores no olhar!!!
as mãozitas transformadas em asas,volteando...e os olhos esses....beijavam a mesma flor que aquele colibri.
tempos de crescer...há quanto????
beijos
nani

Anónimo disse...

Bom descobri-te "COLIBRI"
BSJ
NANE

BlueShell disse...

Que bom...este imaginar...que bom...este ler-te!
Sempre...
BShell

Fragmentos Betty Martins disse...

Almaro

Sempre com "aquela" sensibilidade, de palavras de abraço com a poesia, que me entra não pelos olhos, mas p´los poros e se alojam docemente num cantinho da minha alma e de quando em vez... dançam... dançam

Um beijo

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...