14 maio 2005

traz todas as tuas tintas, não escolhas nenhuma e deixa o sentir pintar-te

Queria tanto desenhar,
letra
por
letra,
toda a poesia que se pinta-de-olhares na minha estante-inclinada, gravada no sentir por linhas finas,
fundas,
como que pendurada no estendal a dançar,
colorida
qual folha de Outono a pingar da árvore, desprendida

Ah, isto de se querer mais do que a vida é um desencontro ininterrupto, sem tamanho que cabe inteiro na contradição de estarmos presos no tempo em voares de colibri...

2 comentários:

nocturnidade disse...

queria eu tanto desenhar um minuto de silêncio na pele do fim da tarde...


almaro, sempre magnífico nas palavras.

Anónimo disse...

Almaro que contradição: "estarmos presos no tempo em voares de colibri"

A cor que me deixaria pintar de sentir seria de luz..Luz dourada do sol quando cai a tarde*
P

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...