21 janeiro 2005

do outro lado do limite

Deixei que o livro se desfolhasse em desnude, folha a folha sem me fixar nas palavras, indiferente à sua História.
Fazia-lhe companhia, sem curiosidade outra do que aquela que me mantinha ali a olhar o livro a dançar-se no tempo…
O tempo escorregou até ao Fim, sem trocarmos uma palavra.
Ele tinha toda a sua história e eu a minha. Ambas se escreviam com todas as palavras que o livro continha.
As palavras todas, cabiam em toda a minha história, mesmo naquela outra que ainda não se desenhou no sentir…
Tenho tão pouco tempo para descobrir uma palavra que não caiba no livro e que sirva inteira na minha história por colorir...

Sem comentários:

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...