12 janeiro 2005

oiço uma flauta-de-pan a cantar sozinha...

Passeio, descalço-de-olhar, a repintar o azul. Respiro as cores e a brisa, sôfrego do ver, do Ser. Passos de desenganos, desenhados, pintados ao amanhecer. Calo-me de palavras. Oiço o que o sentir me (re) escreve , mudo…Almocreve, tocador, cantor, de sonho-surdo...Oiço, o ar, que dança, salpicado de cor. Sopro as nuvens , esgrimo o sentir, sangrado, sagrado, vivo, que emerge do existir. Desenho formas, sem contorno, desmoldadas, novas, minhas, disformes... linhas.
Passeio em voo lento, sem vento nem alento. Atento .
Ah, fora eu um GRITO, e toda esta névoa de mim, fugia sem sentido.
Paro ! Oiço, tudo , até a fantasia de ser esta maresia que me corre na alma-bailarina que me diz, poesia...

2 comentários:

musalia disse...

Sigo a tua poesia e deixo-te um beijinho amigo.

BlueShell disse...

Todo tu és poesia...
Beijo, BS

não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...