Nunca se deitou antes do silêncio e verificar o descanso de todos que pernoitavam debaixo do seu tecto. Inquieta, ansiosa, depois de tudo, depois de todos, ali ficava noite dentro, a debater-se com o sono e com os seus sonhos. Só a noite era dela.
Entrava no quarto, noite dentro, de mansinho, para não afugentar, sono difícil, e cuidadosamente, recolocava a almofada, do menino adormecido, e lá saía, devagarinho, inventando caminhos àquele que dormia.
Não sei se é retrato de Mãe. É da minha…
02 maio 2004
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