Pinta azul!
Ouviu,num quase perto, que lhe soou longe. Não entendeu.
Sabia,quase certo,o que era azul, (logo ele que tinha tanto mar e tanto céu no olhar).
O espanto que o incomodou,
quase susto,
quase duvida,
foi o imperativo para O pintar,
quando ele só tinha violetas-amarelo-em-tons-de-brisa,
no ver e no sentir .
Tentou, mesmo assim, imaginar, tons de azuis-estrela, mas não havia duvida, era o violeta-em-tons-de-saudade
quase castanhos-rosa-aguarela,
oferecidos em forma de beijo que o Vivia e que lhe voava na alma,
sem desenho,
sem sombras,
só cor que lhe deslizava o Dia.
07 maio 2004
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