21 maio 2004

fim do desenho do ver

Este espaço chegou ao fim.
Não é morte, é fim, como as histórias.
O fim não se desenha, nunca vi quadro ou cor com fim.
Tentei desenhar uma história, sem quadro mas com cor e senti-la.Senti-a.Coloquei-lhe um ponto, o meu ponto. Não conheço pontos finais.
Este é só um ponto, com fim.
Mas, mesmo antes do ponto, desenho um beijo para a mana, que sem querer, criou este espaço.
Nasceu de um impulso, numa carta-resposta, para ti.
Depois vieram memórias, depois o desenho e o sentir.Das memórias ficaram as nossas fugas de meninos, por entre, e por dentro do “mato” de Angola, por onde caminhávamos como se fossemos para a escola, DESCOBRIR.Íamos sem saber perigo (Se criança não o sabe, é porque não existe). Não sei se era eu que te puxava a mão, ou se me deixava ir, não recordo, sei que foi aí que me nasceram os olhos e o sentir…
Foi assim que nasceu este espaço, Ana Maria…
Fim…
(Porque com três pontos se sente um poema)

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não uso tempos, nem agendas ou instrumentos outros que meçam pedaços do existir. é jeito meu. por isso passar de um ano para o outro é cousa...