Entornei uma mão cheia de palavras sobre o papel, sem desenho nem limites ( papel-horizonte-de-bagos-de-arroz).
Falei com cada uma delas, sem lhes ferir susceptibilidades ou liberdades…
Cada qual sente o que sente e toma a forma que entender, mas era dia ( nunca devemos adiar a conversa, mesmo que seja, com as palavras que esvoaçam connosco o caminho do Ver) de sabermos, eu e elas se cada um cabia dentro de cada qual, na existência de cada um.
Foi conversa séria, mas delicada.
Quando se derramam todas as palavras que digam, com ou sem letras “AMOR”, é como pegar borboleta, se a “aprisionamos” pelas asas, transforma-se logo em pó(len?), mas se a deixamos pousar, nem que seja só no olhar, sentimos todas as suas cores por dentro*…
* "amar por dentro", ideia escrita e sentida por Ana ( in Ana e o tio Deus de Fynn - editora Ulisseia, reeditato pela Presença)
** sentires diferentes com a coincidência do mesmo olhar (tinta permanente)
27 abril 2005
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3 comentários:
Almaro,
Sim, livre o amor é musica que rodeia nossos sentidos, por todos os lados, entra pelos poros...
BJS
Hoje tive uma conversa séria com uma rosa. Estava a murchar e olhou para mim, pedindo-me ajuda. Mas que poderia eu fazer? Ela tinha água, estava cortada e tinha sido oferecida há quase duas semanas. Tratei dela, mas haveria um dia que ela tinha de partir... O que fiz? Peguei nela e cantei-lhe até ela se ir para o sítio-das-rosas, lá algures, no paraíso. E fiquei com uma lágrima, mas não podia fazer nada.
Esta conversa séria e delicada serviu para aprender que não podemos aprisionar nada nem ninguém. Chega uma altura em a partida é inadiável. Poderei eu não senti-la? *
Beijinho, doce Almaro!
Por vezes... tantas vezes, não é preciso dizer mais nada. :)
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